Postado por : Unknown 28 julho 2014

Minhas Lembranças de Leminski
Autor
: Domingos Pellegini.
Páginas: 199
Editora: Geração Editorial
Resenha por: Priscila Silva
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Pé vermelho (Domingos Pellegrini) entra em contato com a obra de Polaco (Paulo Leminski), no ano de 1964, ao ler um artigo deste na revista Invenções. Alguns anos depois eles se conhecem, iniciando uma amizade que dura duas décadas.Vinte e cinco anos depois, tendo Leminski já falecido, Pé Vermelho recebe a proposta de uma editora para escrever sua biografia. Como já havia uma lançada, O Bandido que sabia latim, de Toninho Vaz, ele fica em dúvida sobre como deve fazer, e se deve fazer. Pede um tempo pra pensar. Tem, então, um sonho onde está preparando sopa num caldeirão, com Leminski, este a adicionar páprica, ‘tempero fino’, à sopa comum. Ele interpreta com humor: deve escrever algo incomum, não uma biografia convencional, mas algo além, algo escrito pelos dois, sobre as faces poliédricas de Leminski, que tanto escreveu sobre pedras…
Sinopse Oficial

Minhas Lembranças de Leminski, não é uma biografia “normal”. Não só porque Domingos Pellegrini, conhecia intimamente Paulo Leminski, não. Mas porque, além da história de Leminski, ele conta a própria história na vida do Polaco. 

Quando Pellegrini recebeu a proposta de pôr em palavras a vida do amigo mais querido, Pé Vermelho pensou. Afinal, não era uma tarefa fácil, e conhecendo Leminski como conhecia, sabia que ele nunca admitiria uma biografia comum. Com “começo-meio-fim” nessa ordem. Leminski merecia mais do que palavras vazias. Merecia LembrançasAfinal de contas, Leminski era irreverente, sábio, imprevisível e alcoólatra.

Domingos retrata bem a doença do amigo, contando muitas cenas em que presenciou a personalidade desapegada com tudo, menos com suas bebidas destiladas.

Com sua forte personalidade, seus poemas encantavam, quem se dispunha a ler, ou a ouvi-lo declamar. Em apenas 45 anos, tornou-se um exímio escritor, poeta reverenciado, viveu e morreu, assim, vítima de seu vício. Deixando sua marca registrada, os bigodes compridos e volumosos, como parte de sua arte, e sua imortalidade na poesia, “Toda joia já foi pedra um dia”.

"E passei a decorar poemas, espantando-me ao saber numa aula que decorar vem do latim, 'cor', coração, decorar é, portanto, guardar na memória depois de passar pelo coração. As palavras conseguem ser ordinárias e, ao mesmo tempo, paranormais."

Confesso que demorei a ler esse livro. Assim que o peguei em mãos, li as primeiras páginas, como de costume. E não gostei. E o meu problema, é que: Se o livro não me cativa em suas primeiras cinco páginas, provavelmente eu nunca mais vou pegá-lo novamente. Por isso que quando vou comprar um livro, procuro ler sempre pelo menos a primeira página, para ver se me encanto pela história.  

Dessa fez, fiz um esforço, e li até o fim. Mas mesmo assim, não gostei muito. Não pela história, ou pelo enredo. Simplesmente, não me conquistou.

Eu não conhecia Paulo Leminski, nem por nome, nem por obra. Não sou adepta de poemas, apesar de já ter lido muitas coleções. Porém, o que me fez ler até o fim, e não largá-lo no meio, e dizer: ”não, não consigo ler isso”, foi à genialidade de Leminski. A facilidade em pôr em palavras, seus sentimentos mais profundos e seus conhecimentos para com o mundo à sua volta. Isso sim me conquistou. E de fato, cheguei – devagar – a última página. A última obra em conjunto de dois amigos verdadeiros.

O que eu gostei do livro, foi que eu tive oportunidade de conhecer esse poeta fantástico. Foi interessante ler um pouco sobre a sua vida.

O que eu não gostei, é que o livro não é para se encantar, é para se conhecer. Ou seja, não é um livro encantador, com grandes histórias sobre a vida de alguém. Ele serviu – na minha opinião – como uma porta, para que eu entrasse e conhecesse o Leminski humano, não só o poeta. E acabou que eu não me interessei tanto quanto gostaria.

"Quem se leva muito a sério acaba nos túmulos menos visitados do cemitério"

Comentários
9 Comentários

{ 9 comentários... comente você também }

  1. Oiee.
    Que pena que o livro deixou a desejar, eu não sou muito de ler biografias mas gostaria muito de ler uma do Hitler (não sei porque me surgiu essa vontade).
    Enfim, nem preciso dizer que vou passar longe desse livro não é?
    Bjokas!

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  2. oi
    eu tambem não sou muito fã de biografias,então nem vou tentar ler esse.
    Eu tambem sou assim,se o livro não me agradar nos primeiros capitulos demoro muito tempo pra terminar ele,e so termino pra saber mesmo o final :)

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  3. Oi, eu achei o livro hiper interessante, apesar de que não gosto de biografias essa me chamou a atenção, pois é sobre o Leminski, e eu adoro ele, espero ter a oportunidade de ler o livro, e é claro que o Paulo não merece uma biografia comum, gostei.
    Beijos!!!!

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  4. Oiee
    Eu nem sabia quem era Leminski por isso o livro nunca me cativou,adoro biografias mas só
    daqueles que realmente me interessam.Então esse livro não é pra mim.
    Nem penso em iniciar a leitura por que sei que vou largar logo de cara.
    beijos

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  5. Apesar de você ter dado meras trẽs estrelinhas para Leminski(eu entendo, também sou dessas de se as 5 primeiras páginas não me encantarem eu deixo de ler), acho que eu leria com certeza. Eu gosto de poemas e como vocẽ mesma frisou a genialidade de colocar as palavras eu quero saber no que dá. E que frase essa que vocẽ fechou sua resenha!!! Ameiiiiiiiiiiiiii

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  6. Ai, acho que entrarei pro time dos que não vão gostar, porque não gosto muito de ''biografias'', mesmo que não sejam no formato tradicional, acho mais interessante ler aquilo que não é real, imaginário, ou então com um pouquinho de distorção da realidade.
    Eu não conheço Leminski também não, nunca fui fã de poemas, mas sabe quando ''esse nome não me é estranho?", é tipo isso aqui comigo.. rsrs

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  7. Pois é biografia não é comigo, gosto mesmo é de romances rsrs
    Bom dessas biografias que podemos conhecer um pouco mais de alguém que fez a diferença
    Mais não me encanta ler :/

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  8. É muito difícil eu escolher uma biografia pra ler e acho que para que eu me interesse por esse tipo de livro ele precisa chamar bastante a minha atenção. O máximo que conheço de Leminski é o nome mesmo e acho que também teria dificuldade de terminar de ler esse livro . O bom é que pela resenha eu me toquei que nunca li nada do autor e vou ao menos procurar começar a conhecê-lo.

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  9. Gosto de ler biografias. E por este fato acompanhei várias resenhas sobre este livro, e apesar de já ter lido algumas coisas de Leminski, confesso que este livro não me chamou a atenção e das resenhas lidas a maioria ( como a sua) descreve a dificuldade que teve em realizar a leitura.

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