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Título: Presságio Autor: Leonardo Barros Páginas: 224 Editora: Novo Século Selo: Novos Talentos Resenha por: Victória Santana Compre | Adicione no Skoob ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
“Presságio – O assassinato da freira nua” é o segundo suspense policial do autor Leonardo Barros, publicado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira da Editora Novo Século. O primeiro foi “O Maníaco do Circo – e o menino que tinha medo de palhaços” (minha próxima leitura do autor!).
Em Presságio, conheceremos Alice, uma mulher de vinte e seis anos, que desde a adolescência, é atormentada por presságios. Desacreditada por psiquiatras, ela é considera psicótica, mas a vida de Alice começa a mudar quando um misterioso homicídio aparece em uma de suas visões. A polícia atribui a autoria do crime ao Beato Judas, um assassino serial de freiras, mas ele não se parece em nada com o real assassino da premonição de Alice. Agora cabe a ela desvendar esse enigma para que o verdadeiro culpado seja punido, mas para isso ela terá que lutar contra pessoas inesperadas e contra o tempo, para provar que não é louca.
Sou apaixonada por romances policiais, então, nem preciso dizer que esse livro me fisgou e ainda por cima, é nacional, o que só me deixa ainda mais orgulhosa do talento literário de nossos autores!
Vamos lá, Presságio já começa com uma cena de assassinato, o da Irmã Bianca, o crime repercute pelo meio policial, porque meu Deus, assassinaram uma freira! A investigação corre e o suspeito número um é o Beato Judas, um de seus alunos. Até aí, tudo bem! Tudo muda quando em uma festa a fantasia, em que Alice se encontra, Vívian (com “V” de vagabunda) é assassinada enquanto tinha relações sexuais com algum cara, agora prestem atenção: a safada foi vestida de freira! Em meio às drogas, a única coisa que Alice se lembra dessa noite, é o presságio em que Vívian era morta por um homem fantasiado de diabo.
“Agora Alice se via flutuando sobre nuvens de algodão. Ela poderia jurar que enxergou o momento exato em que as notas musicais dilaceraram as nuvens imaginárias para que a moça caísse delas. E, a cada batida da percussão, ela percebia as paredes mudando de cor.”
O crime ganha repercussão quando as suspeitas para o assassinato voltam-se para o Beato Judas, o tornando um serial killer, Alice tem certeza que não foi ele, mas depor sobre o crime tendo como única prova seu presságio, só evidencia seu estado de loucura no meio médico. E assim, o livro segue num ritmo rápido, narrado em terceira pessoa, com cenas intercaladas entre Alice e outros personagens, te surpreendendo a cada instante e sendo digno de comparação a obras internacionais do gênero.
Todos os personagens tem uma carga emocional muito grande, o autor não peca na formação deles, até os secundários. A capa faz jus ao conteúdo, com todo esse tom de mistério, as páginas são um pouco amareladas e o tamanho das letras, só melhora a leitura! Não encontrei praticamente nenhum erro ortográfico, então, parabéns pelo trabalho da editora!
Recomendo “Presságio – o assassinato da freira nua” a todos os amantes do gênero e a quem não é também, deliciem-se com essa obra nacional muito bem escrita!
“- Só é louco quem fala demais! Porque, se você não fala nada, as pessoas não adivinham o que está dentro da sua cabeça! Pode ser a pirada mais demente de todas! Mas se você não fala nada, você é normal.”
Sobre a autora da resenha
Sou uma leitora compulsiva. Digo que leio para fugir do mundo, me encontrar e encontrar mais motivos para continuar vivendo. A literatura nos transforma e nos leva a ser quem quisermos. Sonho em ser escritora e dar o mesmo prazer que recebo ao ler. Sou tão eclética com os livros quanto sou com a música, é difícil dizer o meu gênero favorito.
TOP: Harry Potter, A menina que roubava livros, Divergente, 1984, Nada dura para sempre, Percy Jackson e todos do John Green.